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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Trabalhando com histórias na Semana da Diversidade

       As histórias nos fazem viajar pelo mundo da fantasia e imaginação. Nos encanta e faz refletir sobre situações do cotidiano, trazendo diversas culturas e promovendo a aceitação das mesmas. 



      
        Aproveitando a história "O cabelo de  Lelê" de Valéria Belém, a turma 41 preparou uma feijoada que é  comida criada pelos escravos africanos no Brasil. 
  
Postado por: Kedina de Morais - Monitora do LIE

Trabalhando com poesia




AS BORBOLETAS


Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas

Borboletas brancas
São alegres e francas.

Borboletas azuis
Gostam muito de luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!


E as pretas, então…
Oh, que escuridão!

Vinícius de Moraes









sexta-feira, 29 de junho de 2012

Trabalhando as expressões populares

    Vocês sabem o que são EXPRESSÕES POPULARES e GÍRIAS?
      As gírias e expressões podem ter significados diferentes em cada região ou Estado do Brasil e nos países de língua portuguesa. Algumas são derivadas do nordeste, outras do sul do Brasil, outras de países europeus ou africanos que adquiriram sentido próprio. Ao leitor fica o direito de interpretar de acordo com a realidade local ou regional.
         


       A turma 52 leu  a poesia da Marilda Castanha " Da cabeça aos pés".
           
           
  

  
  Observamos e exploramos as expressões populares contidas na poesia.











  Após assistimos ao filme "Animais unidos jamais serão vencidos".


  
    Na sequência lemos e debatemos o assunto que veio no encarte do Jornal NH na Sala de Aula sobre a Rio +20= Futuro.

     Agora sim, então preparados para a produção textual, criamos textos envolvendo o meio ambiente, utilizando expressões populares.

                            O meio ambiente 

         Nossa cidade não é das piores, nem de jogar confete, mas se nós dermos o sangue ela pode melhorar, assim como o mundo podemos melhorar, pode ser canja ou difícil, podemos reutilizar,reduzir e reciclar.
       Eu penso que a criatividade poderia ajudar a melhorar o mundo. Adaptar, desenvolver nos estados e municípios, a força para diminuir os impactos ambientais das ações humanas.
       A conferência Rio+20 têm como propósito buscar caminhos que aliem o desenvolvimento econômico à proteção do meio ambiente e a inclusão social. É fundamental o cuidado com o desperdício da água e com o lixo que nós produzimos. Reciclar vai fazer a diferença no meio ambiente. O mundo serve para viver e não para ser sujo.
       Texto produzido pelo aluno Everto R. dos Santos


                                            Pegar no pé

        Você já parou para pensar sobre o que nós estamos fazendo com a terra? Não? Então é melhor começar a pensar e agir, pois o meio ambiente está sendo destruído, quero dizer, nós é que estamos destruindo-o, pois nós, humanos destruímos as florestas, e ainda, sujamos a própria água que bebemos. Desse jeito o meio ambiente vai pro brejo.
           Se agora você quer pegar no pé das pessoas que matam a floresta e poluem a água, devemos dar o sangue, estar para o que der e vier, e deixar essas pessoas como uma vara verde.
       Mas você deve dar exemplo, separando o lixo seco e orgânico, por o lixo no lixo ao invés de jogar no chão, botar o azeite velho em vidros ou garrafas e reduzir o lixo não reciclável. Você deve plantar árvores e não só cortá-las, assim você ajuda o meio ambiente e dá exemplo às outras pessoas.
                          
               Texto produzido pela aluna Vitória Reis


Meio ambiente

       Nosso país tem que melhorar se não a vaca vai pro brejo, a gente tem que cuidar do meio ambiente porque vamos ficar sem água se não tomarmos uma atitude.
     Um exemplo é não jogar lixo no chão, não podemos ter só ganância, tirar, poluir as águas dos animais.Temos que ficar de olho vivo e não adianta ficar de ovo virado.
       Se os homens não cuidarem da natureza a vaca vai pro brejo e ficaremos sem comer. Já, se cuidarmos do meio ambiente vamos ter uma vida melhor sem poluição, cuidando da floresta,  estaremos para o que der e vier sempre, imaginem nosso mundo melhor.
    Concluindo, temos que esquentar a cabeça para que o nosso futuro seja cada vez melhor, sempre pensar para frente,não desistir, dar o sangue para ter uma vida saudável e feliz. 

                   Texto produzido pela aluna Amanda S. Mumberger
 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Um recreio diferente

    No mês de maio os alunos tiveram um recreio legal. Puderam sentar debaixo das árvores e escolher um livro de sua preferência para ler. Os alunos gostaram da ideia e aproveitaram a ocasião para megulhar na fantasia dos livros



Postado por Eduarda Bilhalva - Monitora do LIE


terça-feira, 19 de junho de 2012

Sacola da Leitura

   O impulso de contar histórias deve ter nascido no  homem, no momento em que ele sentiu necessidade de comunicar aos outros alguma experiência sua, que poderia ter significação para todos. E como diz Fanny Abramovich" Ler histórias sempre, sempre...é poder sorrir, rir, gargalhar com as situações vividas pelas personagens, com a ideia do conto ou com o jeito de escrever de um autor e, então, poder ser um pouco cúmplice desse momento de humor, de brincadeira, de divertimento..."
   Por isso a turma 51 está desenvolvendo o Projeto    "Quem aprende a gostar de ler sabe escrever a própria história" porque é no encontro com a literatura que temos a oportunidade de ampliar, transformar, ou enriquecer a nossa experiência de vida.
    A turma possui uma sacola com livros diversos de leitura para toda família. A cada três dias um aluno leva para casa e aproveita para se divertir com as histórias.























         Depoimentos dos pais dos alunos:



Família da aluna Eduarda
    Pela primeira vez recebemos essa bela surpresa em casa. Algo tão simples, mais de um grande significado.
    Com a correria do dia a dia, grande parte das vezes não temos oportunidade de interagir entre família. A sacola da leitura nos dá oportunidade de nem que seja por alguns minutos poder esquecer tudo e nos dedicar a leitura com os filhos. Nos mostra a importância desse contato entre pais e filhos. Gostamos muito dessa experiência nova e agradecemos desde já essa oportunidade. Esperamos poder recebê-la novamente em nossa casa
Joice e Rafael

Família do aluno Gabriel
     Adoramos o livro Pais e Filhos. Já tinha ouvido falar sobre ele mais não tinha tido a oportunidade de ler. Eu e meu marido lemos da página 13 a 22 e nos deparamos com situações que realmente acontecem no dia a dia. O texto é de emocionar.
    Este projeto é projeto muito legal e em nossa opinião o livro deveria ser o de cabeceira de todos os pais. Obrigado pela oportunidade de começar este projeto.
Daiane

Família da aluna Laura
    Profª Letícia, a conclusão que tivemos é que nós pais temos que saber ser firmes quando necessário com nossos filhos, dizendo não e pondo limites para mais tarde não nos arrependermos.
      Quem ama também diz não.
Alexandro e Adriana

Família da aluna Sabrina
   Pedir desculpas, nunca deixe para amanhã o que se pode fazer hoje. Página 68. Foi a que eu mais me identifiquei.
Neudir Gomes

Família da aluna Carla
     Achei bem interessante o livro , tanto que levei para ler em meu serviço.

                                                                Marione Maria Oestrich

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Inventando manchete sobre o filme "Deu a louca na Chapeuzinho"



        Chapeuzinho  e o  bandido  guloso

    Chapeuzinho Vermelho prende o bandido guloso e ganha um emprego. Ela vai viajar pelo mundo investigando os bandidos mais   perigosos.

          
                     Vejam as demais manchetes:
        
         Manchete do Guilherme

sábado, 9 de junho de 2012

O Jornal e o caminho que ele percorre até chegar nas nossas casas

 Queridos alunos, é comum as pessoas pegarem o jornal e correrem o olho sobre as reportagens contidas nele. O jornal desperta a curiosidade na busca pela informação.
    Você já percebeu que quando lemos o jornal na sala de aula ou quando entramos em contato com ele nas nossas próprias  casas interpretamos  e opinamos sobre os diversos assuntos?
       Você já reparou a importância de ler o jornal?
Além  de apresentar conteúdos atuais ele nos deixa transparecer o mundo. Desperta a sede pela leitura, formando cidadãos críticos, transformando-nos em leitores habituais. 
   "O indivíduo que lê está contribuindo para o enriquecimento pessoal e para a sua compreensão do mundo. Paralelamente a isso, o crescimento econômico e social de uma nação depende em grande parte do grau de instrução de um povo." (Moacir Scliar)
      Além de nos depararmos com uma diversidade de textos repletos de informações, deparamo-nos com artigos de opinião, com textos que trazem assuntos atuais. 
Quando lemos, discutimos sobre assuntos da atualidade, estamos formando a nossa opinião tornando-nos cidadãos críticos preparados para enfrentar esse mundo em constante transformação.
     Você já reparou que muitas vezes o que lemos no jornal acaba sendo assunto frequente em conversas nas rodas de amigos? 




                     Por dentro da redação...
  
      Chegou a hora de conhecer como é feito o jornal que chega dentro na nossa sala de aula.
      Todos os dias sai um exemplar do jornal recheado de notícias fresquinhas. São notícias sobre a cidade, o país e o mundo. Mas para chegar nas mãos do leitor passa por todos os processos... 


*Logo cedo, o chefe de reportagem define os      
 assuntos da edição e distribui para os repórteres.


*Repórteres e fotógrafos saem às ruas em busca  de detalhes e entrevistas.  
    
*Com todas as informações em mãos, os repórteres voltam para escrever as matérias.

  
*Já o fotógrafo organiza as fotos no computador par que os editores escolham o que vai sair no jornal.


*O setor comercial informa a redação o tamanho que terá a edição e as páginas que terão os anúncios.


*Chega a hora de definir o visual da página. Diagramadores  e editores organizam as páginas para receber os conteúdos e os infográficos(texto com imagens) elaborados pelos ilustradores.
  
*Com matérias prontas, é a vez dos editores de cada editoria fazerem os ajustes. Eles ajudam a dar título, escolher a foto e definir qual o tamanho que a notícia ocupará na página.


*Enquanto isso, outros profissionais atuam em outras etapas do jorna. Chargistas criam suas charges e colunistas escrevem sobre temas específicos.


*Com tudo montado no computador, o jornal recebe os anúncios e é revisado antes de ir para impressão.


*O trabalho da equipe do setor industrial começa quando as páginas do jornal são enviadas pelo computador.




*É quando as matrizes da impressão são gravadas no formato das páginas e colocadas em uma grande máquina, a rotativa.



  
*Com o jornal impresso, a equipe do setor de Expedição faz a divisão por áreas de entrega.





*E os entregadores começam a distribuir as edições nas cidades da região.





*Depois desse longo caminho, o jornal chega às mãos do leitor.




      
     Acesse o Jornal NH e compare o jornal on-line e o impresso.
        
   Agora é com você, crie uma manchete envolvendo um acontecimento da escola.  




       Fonte: jornalnasaladeaula@gruposinos.com.br
                 http://www.jornalnh.com.br

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Divulgado o Resultado do Concurso de Poesias

     Na Hora Cívica dessa semana foram divulgados os nomes dos alunos ganhadores do Concurçso de Poesia que tinha como tema CARINHO,RESPEITO E DIÁLOGO envolvendo o PROJETO CATAVENTO.                           
       Parabéns aos ganhadores!                                                    

    Turma 21- Manuela Schneider 
    Turma 22- Samara dos S. Silva 
                     Gabriel Alencar Silva                       
    Turma 31- Alana de Bairros
    Turma 32- Matheus P. de Moraes
    Turma 41- Gabriel D. Kulmenau
                     Ana Paula de Oliveira
    Turma 42- Davi A. Martins
    Turma 51- Morgana P.  Lemos
    Turma 52- Eduarda Bof 
                     Vitória dos Reis 

               Postado por: Eduarda da Silva Bilhalva - Monitora do LIE 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Chegou a hora de brincar de poeta

    A turma 41, nessa semana escreveu cinco palavras que lembram a palavra MÃE. Listou as palavras no quadro, cada um escolheu duas  que combina( rimam) e formulou uma pequena frase. A professora escreveu essas frases no quadro e fomos complementando coletivamente.


Olha só como ficou nossa poesia!!!
    
                                          Minha Inspiração

           Minha mãe é legal e especial.
           Quando estou triste ou fico mal,
           ela sabe o que fazer
           para melhorar o meu astral.                                      

           Ela é muito querida
           e me protegerá por toda vida.
           Está sempre ao meu lado.
           Sinto-me muito amado!
    
            Às vezes, quando não me comporto
            minha mãe fica furiosa,
            mas como é bondosa,
            tem bom  coração,
            me chama atenção
            e aceita  meu  perdão.
               
             Aprendi com minha mãe
             ser responsável e amável!
             Me inspirei nela.
             Oh! Minha mãe bela
                                          
              Postado por: Vitória Reis Monitora do LIE

segunda-feira, 14 de maio de 2012

      A turma 12 pensou com carinho em algumas palavras que lembram a palavra MÃE. Escrevemos e decoramos um cartaz para mostrar o quanto as amamos.

Brincando com poesias

      A turma 32 observou a obra da TARSILA DO AMARAL, onde ela retrata a "Família".
      Conversamos na sala sobre as famílias de cada um e criamos uma poesia. Desenhamos as famílias e essa foi a nossa apresentação na Hora Cívica. 
       Confira o site oficial da Tarsila do Amaral .                                      http://www.tarsiladoamaral.com.br


            
        Aprecie a nossa poesia.


A FAMÍLIA

CONHECI UMA FAMÍLIA MUITO LEGAL,
ELA DAVA MUITO AMOR E CARINHO,
ELA ERA MUITO SENTIMENTAL,
E TINHA MUITOS AMIGUINHOS!

A MINHA FAMÍLIA É PEQUENA!
JÁ A MINHA É GRANDE,
TEM MAIS DE UMA DEZENA,
A MINHA FAMÍLIA É GIGANTE!

COM MINHA FAMÍLIA FUI PASSEAR,
NO ZOOLÓGICO, NA PRAÇA E NO PARCÃO!
E TAMBÉM FUI VIAJAR,
E NA VIAGEM TOCAMOS VIOLÃO!

TEM FAMÍLIAS ANIMADAS,
OUTRAS NEM TANTO,
TODAS SÃO ABENÇOADAS,
MAS NEM TODAS ACREDITAM EM SANTO.

FAMÍLIA É COISA LINDA,
TEM PAIS, TIOS, PRIMOS E AVÓS.
TEM TAMBÉM DINDO E DINDA,
A FAMÍLIA DÁ AMOR PRA TODOS NÓS!

A FAMÍLIA FAZ A ALEGRIA!
A FAMÍLIA É IMPORTANTE!
ELA NOS FAZ FELIZ TODO DIA,
ISSO É MUITO INTERESSANTE!
















domingo, 6 de maio de 2012

Conhecendo os personagens das histórias do Sítio do Picapau Amarelo que encantaram gerações





        Emília: É uma boneca de pano feita pela Tia Nastácia, com olhos de retrós preto, sobrancelhas lá em cima. Era muda até que engoliu a pílula da fala inventada pelo doutor Caramujo. Para ser nobre casou-se de mentira com o Rabicó. Parece muito com o ser humano e alguns acham ela chata, metida e feia de doer, só porque diz o que muitos gostariam de dizer.












Saci: Nas cidades e nas roças, todo mundo tem medo de Saci. É um perneta que adora fazer estripulias nos terreiros das fazendas e assustar os animais no pasto.







Visconde: Foi feito de um sabugo e palha de milho e costuma usar cartola. Para ele o saber é uma coisa gostosa e  os livros é que derem esse jeito a ele. Adora visitar a biblioteca, é um verdadeiro sábio. É admirado por todos.







Dona Benta: Essa senhora com 60 anos é dona do Sítio do Picapau Amarelo, um lugar muito bonito, com uma casa grande, muito antiga onde tudo é muito amplo e fresco. Seu nome é Benta Encerrabodes de Oliveira.






Pedrinho: É o querido neto de Dona Benta, o primo querido de Narizinho. Tem 10 anos, mora e estuda na cidade e o que mais gosta no mundo é passar as férias no sítio da vovó.








Príncipe Escamado: Anda em carruagem puxada por cavalos marinhos, tem um exército de peixes espada. Ficou noivo da Narizinho e levou toda a turma para conhecer as maravilhas do fundo do mar.





Narizinho: Lúcia é a neta da dona Benta e mora com ela na casa grande do Sítio do Picapau Amarelo. Por causa de seu nariz arrebitado todo mundo a chama de Narizinho. Ama os bichos e a natureza,  tem uma boneca e gosta de tagarelar.








Tia Nastácia: A melhor quituteira deste e de todos os mundos que existem. Além de cuidar da cozinha, ela é uma faz-tudo na casa. Foi ela quem praticamente criou a Narizinho e quem fez a Emília. Sabe contar histórias como ninguém.






Rabicó: Esse porquinho salvou-se de ir para o forno porque Narizinho brincava com ele desde pequenino. Foi batizado de Rabicó porque só possuía um toquinho de cauda. Só pensa em comer.






Caramujo: Grande médico, o doutor Caramujo, de doença entende tudo. Cura qualquer coisa com suas pílulas milagrosas. Foi o doutor Caramujo quem deu à Emília a capacidade de falar.









Quindim: É um rinoceronte enorme que fugiu de um circo de cavalinhos no Rio de Janeiro e foi parar nas matas do Sítio de dona Benta. No começo só a Emília sabia onde ele estava.









Cuca: É uma horrenda bruxa que mora numa caverna escura. Tem cara de jacaré e garras nos dedos como os gaviões. Velha como o tempo, dorme uma noite a cada sete anos.





             Piquenique no ribeirão
                                                                          
        Simone Saueressig

            Não sei onde foi que a Emília viu que um dos passatempos da nobreza de antigamente era passear pelo campo. Marquesa que era, a boneca resolveu imitar. Convidou Narizinho, o Visconde, e Rabicó para ir junto, mas estavam todos muito ocupados. Narizinho escrevia sua tese de mestrado, o Visconde estudava informática e Rabicó havia encontrado uma abóbora esquecida.
        – Besteira! – ela emburrou. – Não vai ser por falta de séquito que vou ficar em casa!
                                                                                                                
E saiu de bolsa de plástico verde e óculos de papel celofane azul para proteger os olhinhos de retrós preto.
Foi até o pé de ingá junto do ribeirão e uma vez aí, esbaldou-se! Puxou da bolsa tudo quanto era coisa: toalha alvíssima (um guardanapo de papel), leque de plumas (meio espanador que afanara da despensa), e outros eteceteras. Deitou-se ali, ficou se abanando e filosofando, mas logo perdeu a paciência. Revirou para um lado, revirou para o outro e por fim resolveu apelar para o último recurso: tirou da bolsa o tubo de protetor solar que Vó Benta comprara no verão anterior e besuntou-se com o que restava do creme. Ficou melecada, que pano não é pele, e de melecada, ficou amolada.
– Muito chato esse piquenique. Vou embora!
            Mas aí torceu o nariz. Ia levar tudo aquilo de volta? Amolação das amolações! Pra que carregar? Já estava tudo usado mesmo! Resolveu jogar tudo no riacho. Toalha de papel, meio espanador, tubo de protetor solar, sacola de plástico... tudo! Feito o carreto, bateu uma mão contra a outra e foi voltando, voltando...
            Aí, pimba! Tropeçou numa pedra que não viu, revirou o maior tombo e tchimbum! Foi parar no ribeirão. Quando deu por si, estava no Palácio-das-Águas-Claras, casa de tantos amigos queridos.
            – Boa idéia, essa minha! Vou visitar Doutor Caramujo e ver se ele tem um remédio para a arteirite da Vóvo! – resolveu.
            Queria dizer “artrite”, é claro, mas sabe como é a Emília!
            Entrou palácio à dentro, não encontrou ninguém. Estava deserto. Mas de tanto andar, deu com o tubo de protetor solar que tinha jogado n’água. O malandro estava no trono do Príncipe, coroado com um pneu de bicicleta. O tubo inclinou-se sobre ela, ameaçador e perguntou:
            – O que foi que você trouxe para mim?
            Emília ficou boquiaberta com aquela exigência.
            – Trazer? Como assim, “trazer”? Quando eu vinha visitar o Príncipe Escamado sempre me regalavam muitos presentes, ouviu? Vestidos, um primor! Aqui eu sou visita. Chame o Doutor Caramujo e você vai ver só!
            – Aqui não tem mais príncipe, nem Doutor Caramujo, nem aquele sapo do brejo que todo mundo chamava de “major”, o tal do Major Agarra.
            – E cadê eles? Viraram comida de tubarão? – ela perguntou curiosa.
            – Não sei, não me interessa e tenho raiva de quem sabe. Quando a gente chegou, eles fugiram, o tubarão incluído! – desprezou o tubo plástico.
            – “A gente”, quem?
            – Eu, o Rei Tubo, a primeira-dama Sacolinha Sem Fim, meu primeiro ministro Papel Molhado e o nosso general Espana-Encrenqueiros! Vamos abrir um condomínio de luxo só para lixo urbano, expulsar todos os peixes e dominar os oceanos.
            E deu uma risada maligna, hahahaha! Emília pensou depressa “eu vou é puxar o meu carro!” e mais depressa ainda se obedeceu. Antes de conhecer o ministro e o general, correu ribeirão à fora.
            Uma vez na margem, a bonequinha ficou pensando. Ahá, mas ela não ia ser Emília se não desse o troco. Não ia ser um tubo de plástico que ela tinha jogado na água que ia levar a melhor, não mesmo! Nem uma toalhinha de papel miserenta, ou um espanador pela metade, ou aquela sacolinha besta. Pegou um galho e pescou todos eles do fundo do ribeirão, inclusive aquele pneu bocó que o pseudo-rei tinha usado como coroa. Feito isso, levou-os todos de volta ao sítio e uma vez lá resolveu cooperar com uma mania que Dona Benta tinha inventado e que ela tinha achado uma besteira das maiores, uma tal de separação de lixo. Jogou o primeiro-ministro, o general, o “rei”, sua coroa e sua primeira-dama na lata dos inorgânicos.
            – Conheceu, papudo? – gritou para dentro da lata.
            Ajeitou os óculos de sol no nariz e saiu batendo as mãozinhas, satisfeita da vida. 


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